"Criticism may not be agreeable, but it is necessary. It fulfils the same function as pain in the human body. It calls attention to an unhealthy state of things."



Winston Churchill



segunda-feira, 23 de agosto de 2021


O EXEMPLO DE ARISTIDES DE SOUSA MENDES

 Por estes dias, com a tomada do poder no Afeganistão pelos Taliban e as "reticências" da Europa em abrir as portas às pessoas que, compreensivelmente, querem fugir ao regime fanático/religioso que se adivinha e já se conhece.  Vem à memória o exemplo corajoso do do  Cônsul Aristide de Sousa Mendes, que em 1940 bem compreendeu a necessidade de permitir a fuga às famílias judias que fugiam ao avanço dos Nazis pela Europa, facultando-lhes vistos que permitiam a sua passagem por Espanha com destino a Portugal, salvando da mais que certa deportação para campos de concentração e  da morte mais de 30.000 pessoas, desrespeitando as ordens superiores e destruindo a carreira de cônsul que tinha construído durante 30 anos.

O paralelismo histórico é evidente e gritante quanto à necessidade de saída do Afeganistão. Já o exemplo de altruísmo e abnegação do Aristides de Sousa Mendes, não parece contagiar uma Europa, cada vez mais fechada e mais egoísta, quantos os líderes cedem à tentação pequenina de sacrificar o Humanismo aos interesses políticos nacionais e à "felicidade" das suas gentes, nem que para isso tenhamos de fechar as portas e as janelas a quem teve o azar de nascer no sítio errado.


A criação de um corredor humanitário e a definição de quotas de acolhimento que permita aos refugiados afegãos chegar a porto seguro, era um favor que a Europa fazia a si própria e à Humanidade.






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